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Public Health England (PHE)

Public Health England (PHE):
Evidências sugerem que o vaping é melhor do que a terapia de substituição da nicotina para parar de fumar.

A Public Health England publicou o seu sétimo relatório independente sobre a vaporização na Inglaterra. O relatório, realizado por pesquisadores do King’s College London, analisa em profundidade as últimas evidências sobre a eficácia dos cigarros eletrónicos em ajudar as pessoas a parar de fumar, sendo claro ao apresentar a vaporização enquanto método efetivo para a cessação tabágica.

As principais conclusões do relatório indicam que, em 2020, os cigarros eletrónicos foram a ajuda mais popular (27,2%) usada por fumadores que tentavam parar de fumar. O relatório apresenta uma estimativa de 50 mil, como número de fumadores que, só em 2017, cessaram a sua adição tabágica com o auxílio de um produto de vaporização e que, de outra forma, teriam continuado a fumar.

A inclusão dos cigarros eletrónicos nas medidas de incentivo promovidas nas consultas de cessação tabágica teve a maior taxa de sucesso (entre 59,7% e 74% em 2019-20).

Lá, em Inglaterra, como cá, em Portugal, fumar é ainda a principal causa evitável de morte prematura e doença – matando, anualmente, cerca de 75 mil pessoas em Inglaterra, e cerca de 13 mil em Portugal. Estes números demonstram a importância do combate ao tabagismo. O relatório agora publicado mostra que os cigarros eletrónicos são uma das ajudas disponíveis mais eficazes. Tal, leva o 

Professor John Newton, diretor do Health Improvent na Public Health England, a inferir quemilhares de outros fumadores poderiam ter parado de fumar, vendo-se privados de tal devido a temores infundados de segurança sobre os cigarros eletrónicos. Há bastante tempo que a evidência tem sido clara ao demonstrar que, embora não haja esteja isenta de risco, a vaporização é muito menos prejudicial do que fumar. Para quem fuma, particularmente aqueles que já tentaram outros métodos, recomenda-se fortemente que tente a vaporização.

Dogmas infundados e sem suporte científico válido – como os existentes em Portugal e com origem, precisamente, nas instituições que melhor deveriam defender os interesses dos cidadãos (Direção Geral da Saúde, Sociedade Portuguesa de Pneumologia, entre outros), levam, na opinião da,

 Professora Ann Mcneill, Professora de Tabagismo no King’s College London e autora principal do relatório, à “preocupante interpretação – particularmente aqueles de grupos desfavorecidos – de que os cigarros eletrónicos são tão prejudiciais quanto o fumo.  Embora alguns baseiem as suas decisões nos efeitos desconhecidos a longo prazo da vaporização, os danos do tabaco são indiscutíveis, e não devemos negligenciar o facto de que a vaporização representa uma excelente oportunidade para a redução de danos.”

Com efeito, o relatório demonstra que 38% dos fumadores, em 2020, acreditavam que o vapor é tão prejudicial quanto o fumo e 15% acreditavam que a vaporização é mais prejudicial.

Estas conclusões levaram já o próprio governo inglês a manifestar preocupação pelo facto de, em comparação com o tabagismo, perceções incorretas dos riscos relativos da vaporização, poderem desencorajar os fumadores de usar estes produtos.

Comentando acerca do relatório e, nomeadamente, acerca da discrepante postura do sistema de saúde britânico e seus agentes principais e a realidade nacional, o presidente da Associação Portuguesa de Vaporizadores – APORVAP -, 

Cristiano Batista, refere que “determinar que um produto que fornece nicotina sem tabaco é mais seguro do que um produto que fornece nicotina com milhares de constituintes do fumo do tabaco, é cada vez mais indiscutível, encontrando suporte não só em dados estatísticos, mas também na evidência social de países bem mais desenvolvidos que Portugal, como a Inglaterra. Qualquer pessoa ou instituição que desafie essa noção – como é comum em Portugal – terá, provavelmente, agendas paralelas que em nada visam beneficiar a saúde pública. Se os cigarros eletrónicos são menos danosos que os convencionais, não é uma dúvida. É um facto. A nível nacional, deveríamos estar focados na forma mais eficaz de transmitir esta mensagem e na urgência de a disponibilizar à população fumadora. É tempo de ajudar os fumadores a fazer escolhas informadas, refutar os mitos e não impedir a mudança. É tempo de dizermos não a campanhas anti, que mais não são do que a assunção de que o povo é estúpido.

O objetivo inglês para 2030 é ser um país livre de fumo. O desenvolvimento de um novo Plano de Controle do Tabaco e a atual revisão dos Regulamentos do Tabaco e Produtos Relacionados, são uma oportunidade para garantir que os regulamentos em torno do dos produtos de vaporização sejam apropriados e ajudem os fumadores a parar, ao mesmo tempo que não atraem pessoas que nunca fumaram.